Em janeiro, o Consórcio Água Paraopeba, liderado pela Azevedo & Travassos Infraestrutura, finalizou e entregou, para testes e operação assistida, o projeto que previa a execução de obras civis de montagem eletromecânica para implantação da nova captação e adução de água no Rio Paraopeba, localizado no município de Brumadinho, que deve beneficiar 6 milhões de habitantes na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Entregamos os databooks, que estão em análise, e estamos finalizando a aprovação do último Boletim de Medição (BM) junto à Vale, bem como a desmobilização do escritório administrativo e alojamentos remanescentes”, comentou o Gerente de Contrato, Thiago Domingos. A obra teve início em dezembro de 2019, após a interrupção na estrutura de captação da Copasa, devido ao acidente causado pelo rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em janeiro do mesmo ano. “A obra é essencial para suprir o abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, afastando o “fantasma” da ameaça de nova crise hídrica na região da capital, como a enfrentada entre 2014 e 2015.”, explica Thiago.
O novo sistema de captação de água foi construído a aproximadamente 12 km à montante da atual estrutura de captação interrompida da Copasa. A adutora, de 1.500 mm de diâmetro, interliga o novo ponto de captação ao sistema já existente. Com vazão de 5 mil litros por segundo, utiliza um conjunto de 6 bombas de 550 cv, sendo uma reserva, para captação da água no rio Paraopeba e transferência por meio de tubulação até uma caixa de desarenação, que tem o objetivo de reduzir o percentual de sólidos na água. Após essa etapa, a água é transferida para um reservatório, onde passa por outras seis bombas (uma sendo reserva) de maior potência (2.750 cv) e por um tanque de transição localizado a 3 km da estação de bombeio. O restante do trajeto é feito por gravidade, por meio de tubulação subterrânea, até o ponto de interligação com o sistema existente da Copasa.
“Além dos desafios técnicos, devido à complexidade do projeto executado num curto período, enfrentamos a paralisação total das obras por conta da pandemia, uma vez que decretos municipais e determinações da Vale restringiram diretamente o nosso efetivo, que chegou a contar com 850 colaboradores no momento de pico das atividades. Além disso, as últimas chuvas causaram o isolamento total da cidade, devido aos alagamentos, alterando o nosso prazo de entrega.”, explica Thiago.
Para o Engenheiro, mesmo diante deste cenário, a execução da obra teve saldo positivo. “Todos os obstáculos foram encarados com garra. O trabalho em equipe nos fez superar as adversidades, chegando ao final com um saldo positivo. Nosso sentimento é de missão cumprida, leveza e vitória.”.
Imagem de cabeçalho: área da fase inicial de montagem eletromecânica.